segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Era uma igreja muito engraçada...




...não tinha teto, não tinha nada.


Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...


Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.


Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.


Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

por: Tonho [foi coordenador do UG -Min. Jovem do Portas Abertas]
texto e foto retirados do blog http://pavablog.blogspot.com

Theo Pimenta

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

John Piper - Teologia da Prosperidade (legendado)

Assista a esse excelente vídeo de Jonh Piper e veja como a religião se afastou do verdadeiro evangelho...

É lamentável saber que há pastores, que se auto intitulam servos do Altíssimo, ensinando a mediocre teologia da prosperidade.

Pessoas aceitam a Jesus hoje pelo o que ELE pode oferecer (bens, riquezas, saude, prosperidade) e não pelo que ELE já ofereceu (Sua vida).

Pessoas lotam igrejas hoje para satisfazer suas necessidades pessoais e não para buscar a Jesus.

Pessoas dão dízimos e ofertas para repreeder o devorador, pensando apenas em si mesmos.

CHEEEEEGAAAAAAA,

Vamos dar um basta a isso,

NÃO a falsa religião e SIM ao verdadeiro Evangelho,

Fuja da falsa Religião e procure o verdadeiro Evangelho,

NEle, em quem temos Salvação,

Théo Pimenta

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Por que eu odeio religião - Mark Driscoll

Mark Driscoll , considerado um dos 50 pastores mais influentes da América, nasceu em 11 de outubro de 1970 e concluiu o ensino médio em Highline, Seattle. Criado numa família católica, Driscoll tornou-se cristão em 1989, quando estava no primeiro ano de Comunicação Social na Universidade Estadual de Washington. Ao concluir o bacharelado em 1992, casou-se com Grace, uma colega de escola com quem namorava desde 1988.

Em outubro de 1996, eles fundaram a Igreja Mars Hill em Seattle, a partir de um pequeno grupo de estudo bíblico que se reunia em sua sala de estar e que cresceu vertiginosamente desde então, até chegar a mais de oito mil membros atualmente. A igreja reúne-se em sete diferentes localidades na área da baía de Puget Sound, com vinte cultos semanais transmitidos via satélite da sede no bairro de Ballard. Em 2008, Mars Hill foi apontada pela revista Outreach(Alcance) como a segunda igreja mais inovadora da América.

Mark é co-fundador e presidente da Rede de Implantação de Igrejas Atos 29, que atua nacional e internacionalmente. Nos EUA, Mars Hill foi considerada a segunda igreja mais prolífera em implantação de igrejas, no ranque da Outreach.

Mark fundou ainda a Resurgence, uma organização que divulga e organiza conferências e oferece treinamento teológico para pastores, plantadores de igreja e outros líderes cristãos. O website cooperativo, theresurgence.com, passou a ser uma das principais fontes de notícias e estudos teológicos entre igrejas missionais, emergentes e comunidades reformadas.

A liderança de Mark tem sido reconhecida por várias fontes. A revista Seattle citou-o como uma das vinte e cinco pessoas mais influentes de Seattle que, ironicamente, é uma das cidades com menor taxa de frequência à igreja da América. As revistas The Church Report (Relatório Eclesiástico) e Christianity Today (Cristianismo Hoje) reconheceram Mark como um dos pastores mais influentes da atualidade, nos EUA.

A cobertura da mídia sobre o Pastor Mark tem sido igualmente ampla, através de canais como a Rádio Nacional, o programa The Bible Answer Man ( A Bíblia responde), a revista Mother Jones, a Associated Press, os jornais USA Today e New York Times, a revista de música Blender, as revistas Preaching Today e Leadership e a rede ABC de televisão.

Com sermões, que podem ser acessados e baixados gratuitamente na Internet, Mark alcança uma audiência global, com milhões de downloads por ano, inclusive no iTunes onde normalmente está entre os top 10 podcasts na categoria Religião e Espiritualidade. Além disso, Mark treina outros líderes através de palestras país afora e ao redor do mundo. Em 2008, Mark visitou o Reino Unido e a Austrália, em duas ocasiões distintas, falando para pastores e líderes de igrejas sobre a centralidade do evangelho, a necessidade de se compreender a cultura e as mudanças no perfil contemporâneo da igreja, dirigindo-se a auditórios com até dez mil pessoas por evento.

Mark é Mestre em Teologia Exegética pelo Seminário Western de Portland no Oregon e atualmente se prepara para o doutorado em Estudo Bíblico.
Mark e sua querida Grace desfrutam do prazer de criar três filhos e duas filhas, jogando beisebol com os meninos e saindo com as meninas para “encontros” com o papai.

Veja o vídeo com parte da mensagem Porque eu odeio religião:

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A VOZ DE DEUS, VOZ DA COVARDIA? por Bráulia Ribeiro (Jocum)


Por Braulia Ribeiro em 22 de novembro de 2009

Do meu lado um jovem líder que trabalhou alguns anos comigo discutia com outro: – "O palestrante quer ir comigo jantar fora, por que eu não posso levá-lo?" – "Porquê, ué, porquê eu não quero e pronto. Não preciso te dar nenhuma razão, sou o líder desta conferência". Eu era apenas uma expectadora fortuita da discussão, mas na hora em que ouvi – "não quero e pronto, sou o líder…" – na boca daquele jovem, senti um vento frio soprar no mundo como daqueles que sopram quando alguém comete um pecado capital contra o universo.

Conversei depois com o rapaz, me desculpando, certamente eu devo ter falado assim com ele muitas vezes no passado. Foi como assistir a um filme de terror onde eu mesma era a protagonista. Igreja lotada, domingo à noite, o louvor flui suave. O pregador no microfone diz: – "Vamos ouvir agora uma mensagem vinda de Deus." Ouvimos, se foi Deus não sei, mas não me diz muita coisa. O louvor continua a nos embalar. O encarregado da oferta aproveita e convence: "Você não está dando para nós está dando para Deus, e Deus também vai retribuir sua generosidade, mas vai também saber punir se você pode dar e não quer". Assim que ouço a frase categórica sou transportada para uma masmorra da idade média, a esperar a sentença do inquisidor. Tudo é escuro, úmido e frio, minhas mãos e rosto se apertam na grade de ferro, o coração bate forte de medo e dor sabendo que meu destino está nas mãos de pessoas que se sentem capazes de serem a própria voz de Deus na terra.

Ajudei na revisão de um livro e enquanto lia o texto em voz alta repetidas vezes, não pude deixar de notar o tom extremamente apologético da autora. Como a conheço pessoalmente, chamei-a para uma conversa internética. – "Landa, suas declarações são muito tímidas, você se defende muito, acho que talvez em inglês isto seja necessário, mas em português fica meio estranho, parece que você duvida do que diz, se desculpa demais ao afirmar certas coisas…" - "Bráulia, tem que ser assim, não se preocupe se parecer demais, meu tom humilde foi intencional".
Tratutore traittore, claro continuei arrancando umas trezentas frases desculpadoras e permitindo por causa da vontade da autora, umas tantas outras que gostaria de ter tirado. Tem uma coisa que se chama espírito da época. Por espírito não quero dizer uma entidade mística sobrenatural, mas uma atmosfera cognitiva, uma nuvem de conhecimento que envolve toda a humanidade nos tornando sensíveis para algumas coisas, conscientes de algumas idéias, e alheios a outras.
Os seres humanos hoje são profundamente conscientes de sua individualidade. São conscientes de sua habilidade de tomar decisões, de seu poder de fogo. O jovem se sente dono de seu destino, e é. É parte do espírito da época a auto-ajuda, auto-conquista, a independência, o se re-inventar, o recomeço. (Deveria agora acrescentar uma série de acadêmicos famosos que concordam comigo mas me desculpem, não faço por absoluta falta de espaço. Melhor ainda seria te dar exemplos musicais e de filmes porque na arte vemos este espírito bem claramente. Tenho certeza de que se você pesquisar vai encontrá-los em profusão. )

A igreja evangélica brasileira no entanto, na contramão da história continua usando uma retórica medieval. Não somos capazes de propor idéias com coerência e argumentação inteligente, por isto na maioria das vezes optamos por impor idéias através de manipulação mística. As expressões: foi Deus, é de Deus, em nome de Deus, corroboram afirmações desconexas, interesseiras, cruéis, ou simplesmente inúteis. Usamos clichês religiosos por falta de raciocínios pautados pela lógica, nos ocultamos atrás da suposta vontade de Deus para não nos expor ao escrutínio de nossos liderados. Tratamos as pessoas como um rebanho de ovelhas burras e a nós mesmos como seres semi-divinos, infalíveis, um verdadeiro ato de esquizofrenia religiosa. Esquecemos que as metáforas que Cristo usava para si hoje se aplicam a nós, seu corpo. Não somos simplesmente ovelhas. Somos pastores, somos o pão, a porta, o caminho, a verdade e a vida.

Esta Verdade devidamente traduzida para o espírito da época não deve se impor. Ela chega como uma proposta lógica, coerente respaldada pela própria realidade humana que nos cerca. Ela não chega como a única opção de maneira alguma. No mundo de fast-everything, multi-uso, multi-facetas, tudo é possível. As propostas são inúmeras, as opções religiosas costumizadas, a verdade qualquer que seja ela está ao alcance de todos. Deu-se a largada. Todos correm em busca de fregueses. Os prepotentes encontrarão súditos. Os mais humildes encontrarão os verdadeiros servos. (Filipenses 2: 5-8)

Uma teologia coerente com o século XXI admite seus erros, revisa sua história, reconhece seus dogmas, tem medo de si ensimesmar, medo de se afogar em seu próprio vômito. É uma teologia dialógica. Ela necessita do diálogo com o outro como ar para respirar, ela checa sua autenticidade nas ruas e não nas catedrais. Hoje se pudesse, revisaria de novo o livro da Landa e lhe devolveria as frases que cortei.

Hoje se eu pudesse não seria a líder, seria a serva. Hoje se eu pudesse não seria Deus, seria o outro. Assim penso que cumpriria a lei de Cristo. Só hoje.

Por Bráulia Ribeiro

Théo Pimenta

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

EU ou DEUS????


Esta placa deveria estar na entrada de todas as igrejas evangélicas do mundo, não como lei, mas sim como um lembrete diário da importância desta orientação.
Isto porque o evangelho é totalmente contrário a qualquer supervalorização do EU.
Pelo contrário, o evangelho nos ensina a negação do próprio EU.
No Evangelho de Marcos 8.34, Jesus Cristo chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, NEGUE-SE A SI MESMO, e tome a sua cruz, e siga-me.
No entanto, o que mais vemos dentro das igrejas evangélicas é a supervalorização do EU. Frequentemente líderes puxam para si, para o EU, a glória que pertence a Deus.
Conheco um pastor que avisa aos seus seguidores, no púlpito, seus momentos de jejum e oração. Ouvi várias vezes a frase desse ´humilde´ pastor: "queridos, vou me retirar esta semana para orar e jejuar. Prometo que vou levar cada um de vocês na presença do Senhor... e blá, blá blá...".
Aos ouvidos desavisados esse pastor passa por um líder altamente espiritual. Um ´faixa preta´ espiritual.
Já para o evangelho, este pastor não passa de um hipócrita que gosta de anunciar seus momentos de oração e jejum.
Enquanto isso, em Mt.6:16-18 Jesus diz que estes já receberam sua recompensa e orienta que, ao jejuar, deve-se se fazer segredo pois Deus que vê em oculto, recompensará.
Assim caminha a igreja atual, incentivando o poder do EU e diminuindo a glória de DEUS.
Frases ou palavras como: "você consegue...", "depende de você...", "determine...", "declare...", "fale...", "ordene..." e tantas outras que são comuns ouvir nos púlpitos das igrejas evangélicas, banalizam o poder de Deus e engrandecem o poder do EU.
Esta é a teologia moderna que tanto tem frustrado pessoas, pois alguns conseguem e outros não, alguns ganham, outros não, uns são curados, outros não... e aí... como explicar?
Fácil. Os que não conseguem, não ganham, não são curados devem estar fazendo alguma coisa errada, diz o líder: talvez não orando o suficiente, não declarando o suficiente, roubando o Senhor nos dízimos e ofertas e por aí vai. Fácilmente o líder encontra uma forma de justificar o porquê do não atendimento divino em prol da ovelha frustrada.
Riquezas, transferência de riquezas e tesouros inimagináveis para os seguidores da teologia da prosperidade...
Saúde e bençãos sobrenaturais para os seguidores da teologia da confissão positiva...
Tudo isso embasado biblicamente, em textos fora do contexto. Aliás, isso é só um detalhe...
Lembrem-se, segundo a religião, tudo depende do EU... Já segundo o evangelho, a ênfase não é no EU mas sim em DEUS que faz O QUE QUISER, EM QUEM QUISER, DA FORMA QUE QUISER, NO MOMENTO EM QUE QUISER, sem depender da determinação da criatura, mas sim da SOBERANIA DIVINA.
Tá bom pra você?
Fuja da religião, encontre-se com o evangelho de Jesus.
Fuja dos líderes que ensinam a religião e suas derivações...
Liberte-se da RELIGIÃO, viva o EVANGELHO e a GRAÇA do Senhor Jesus.
Theo Pimenta

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Em que lado você está?

Em Lucas 5:17-26 encontramos o registro de um encontro que marcou a historia.

O cenário mostra Jesus ensinando numa casa em Cafarnaum.

A casa estava repleta de pessoas, entre elas alguns fariseus e mestres da lei. Enquanto Ele ensinava nenhum pensamento contrário pairava naquele lugar.

No entanto, aconteceu algo inusitado.

Alguns homens resolveram fazer algo fora do comum, quebrar paradigmas.
Saíram de sua zona de conforto, como meros assistentes de auditório, para um estado de ação, atitude.

Mesmo sabendo que enfrentariam um grande obstáculo, que era entrar naquela casa cheia de pessoas, levaram adiante seu plano de levar o paralítico na presença do Senhor para que ele fosse curado.
Mas um obstáculo nunca é ponto final para quem tem fé e conhece a Jesus, não é mesmo?

Como não conseguiram abrir passagem por entre as pessoas tomaram uma atitude para transpor aquele obstáculo. Orquestraram um plano, definiram uma estratégia e para alcançar seu objetivo fizeram algo fora do comum: levaram aquele paralítico por cima da casa. Sim, foram pelo telhado e desfazendo a cobertura desceram o paralítico diante de Jesus. Você consegue imaginar a cena?

A expressão de Jesus ao ver aquela atitude foi afirmar que aqueles eram homens de fé.

Mediante aquela situação Jesus fala ao paralítico: “seus pecados estão perdoados” e quando Jesus pronuncia estas palavras há murmúrio na casa. Fariseus e Mestres da Lei comentam: “mas quem Lhe deu esta autoridade? de perdoar pecados?”.

Para Jesus era simples curá-lo, mais Ele queria mais. Jesus foi além e perdoou os pecados daquele paralítico. E para provar aos murmuradores que Ele tinha poder para perdoar pecados disse ao paralítico: “levanta, toma a tua cama e vai para tua casa”.

Em que lado você está?

Com os fariseus, mantendo as aparências, mas corrompido por dentro?

Com os mestres da lei, cheio de conhecimento, mas sem condições de assimilar coisas novas vindo da parte de Jesus?

Com o auditório (espectadores) que só lotam ambientes mais não tem nenhuma ação de misericórdia?

Ou com estes homens que não se conformaram diante de uma situação e resolveram fazer algo mesmo que isto custasse a eles abandonar sua inércia e comodidade?

Estes homens sabiam que Jesus era capaz de mudar a historia da vida daquele paralítico. Ele tinha poder para fazê-lo andar, e mais, andar pelo caminho da verdade.

A palavra de Jesus para o paralítico foi: “levanta-te, toma a tua cama, anda e vai para a tua casa”. Havia muita gente para ficar ali, mas somente aos curados e salvos ele disse: “vai para a tua casa”.

E você? Está aonde?
Rodeado de mestres, de fariseus, de gente querendo negociar as coisas com o Dono da Vida?
Ou você já está levando ‘paralíticos’ na presença de Jesus?

Pense nisso e não esqueça: Fuja da comodidade da religião enquanto há tempo. Viva o evangelho da graça do nosso Senhor.

Theo Pimenta

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Procura-se igreja séria no meio de tantos circos...

RETRANSMITINDO
Theo Pimenta

“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” – At 9.31

“E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” – Ef 1.22-23

“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. ” – Ef 3.8-12


Já ouvi muitas fábulas em relação à permanência dos crentes numa igreja. Uma delas diz que a igreja é igual à arca de Noé, um lugar cheio de bichos e suas necessidades fisiológicas, e que cheira mal, porém é melhor estar lá dentro do que lá fora em meio ao dilúvio. Outra diz que crente é igual uma abelha: num enxame (ou igreja), vence qualquer inimigo; sozinho, morre num tapa só. Daí a se pensar que a igreja é um organismo super-poderoso, e deve ser mesmo, afinal é nada mais, nada menos que o Corpo de Cristo, Daquele que venceu a morte e o inferno ao levar sobre Si todos as maldições e enfermidades da raça humana. Mas será que a Igreja de Cristo é isso que vemos?

É muito fácil abrir uma igreja. Aluga-se uma garagem e já dá para iniciar uma congregação. Pensa-se num nome pomposo (que tal Igreja Transcontinental da Majestade do Alto? – está muito difícil achar um nome de igreja que não exista), convida-se os vizinhos e amigos e pronto: temos uma Igreja! Se fosse só isso estaria ótimo, o problema é o que é ensinado e vivido por lá.

Já percebeu como sempre há a mesma desculpa para a abertura de uma nova denominação (corrupção da antiga, envolvimento com maçonaria, erros doutrinários, etc), porém na nova se repetem os mesmos, ou até piores, erros da anterior? Ou seja, não há a intenção real de se fazer uma Igreja segundo a Palavra, apenas a de se criar mais um papado.

Sim, papado. A Igreja evangélica brasileira é próspera em papas. Há o Bento XVI e há o papa de cada denominação. Cada fundador se torna um papa, infalível e insubstituível. A permanência no poder é eterna, e os estatutos asseguram que a igreja não sairá de suas rédeas curtas. Quem ousa se levantar contra o “papa” é logo taxado como em rebelião, e expulso ou convencido sutilmente a deixar a denominação. E assim uma nova igreja é criada, e o círculo se repete indefinidamente, causando estranheza principalmente em quem não é cristão, pela quantidade absurda de placas diferentes.

Fico imaginando se Lutero vivesse nos dias de hoje… em seu tempo, precisou se opor a apenas um papa. Hoje, teria que imprimir milhares de teses, uma para cada papa evangélico. Um Lutero só não conseguiria fazer isso não!

O absurdo das várias denominações é tão escancarado que basta andar pelas ruas das cidades para o verificar. Aqui em São Paulo, na Av. Águia de Haia (zona leste da capital), há 6 anos atrás havia três denominações na mesma quadra. O pior: três casas (ou templos) grudados, um depois do outro, porta com porta. Sinceramente, a intenção nesse lugar é evangelizar ou apenas demonstrar o poder da sua denominação que, claro, precisa gritar mais do que as outras vizinhas caso os cultos sejam no mesmo horário? E isso não acontece só nessa rua, acontece em todos os lugares: se as igrejas não são vizinhas de porta, são de quadra, de rua. Mas o lugar permanece ruim e violento do mesmo jeito.

Nós somos chamados para ser sal e luz. Como sal e luz mantém um lugar insosso e escuro? Como, em meio a tantas igrejas, ainda há pessoas morando nas ruas, pessoas se drogando, se prostituindo, roubando e matando? Pessoas mentindo, enganando, chantageando, manipulando? Por que, com tantas igrejas, o Brasil está a cada dia pior? Não deveria ocorrer o contrário?

O que vou dizer agora poderá escandalizar muita gente, mas é o que penso: muitas que se dizem igrejas não o são, espiritualmente falando, não passando de um “clubinho de eleitos”. Você chega, entra no clube, paga a mensalidade, ouve as assembléias, se diverte (canta, dança, ri, chora, extravasa) e vai embora mais feliz, entretido momentaneamente. Aí chega em casa, a criança continua gritando, o marido bebendo, a vizinha atrapalhando, o chefe atormentando; afinal a instituição que se autodenomina igreja, apesar de citar a Deus, não Lhe dá espaço para atuação, preferindo a manifestação de espíritos dançarinos, saltadores, giratórios, que promovam bastante carnaval no recinto. Assim, enganados muitas vezes por “fogo estranho”, não deixamos o Espírito Santo agir em nós, nos transformando, e por isso continuamos vendo todos os defeitos nos outros e na droga de vida que temos.

Note bem, sou pentecostal, acredito nos dons espirituais, mas atribui-se ao Espírito Santo algumas coisas nas igrejas que só por Deus!!!

Se a igreja não consegue transformar quem está dentro, imagine transformar a realidade ao seu redor… E se a igreja não transforma vidas, apenas as “transtorna”, já não é igreja, não é congregação, comunhão, é apenas distração e sacrifício para almejar as bênçãos divinas.

É estranho, mas quanto mais aprendemos a Verdade da Palavra, mais distantes nos tornamos de uma igreja. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos lançar com maior amor à congregação, sabendo que lá estaremos proclamando o amor ao próximo e a Deus?

O problema é que a igreja não nos transmite amor. Tudo é aparência. Os pastores não têm amor pelas ovelhas, e sim por tosquia-las. As ovelhas, por sua vez, querem estar mais próximas de seus pastores, e para isso não medem esforços, mesmo que seja necessário pisotear outras ovelhas que estejam em seu caminho. É cada um por si e Deus por todos. A igreja se tornou o reino do diz-que-me-diz, onde uns apontam os erros dos outros e todos se acham santos. Só que os erros são apontados não com amor, mas com juízo. Adulterar ou engravidar antes do casamento? Aparte-se de mim!!! Mas mentir e roubar um pouquinho poooooooode!

Mas não pára por aqui. É cada dia mais difícil ouvir uma pregação até o fim. São palavras previsíveis, de exaltação (quase nunca exortação), bom ânimo, esperança, revelações e revelamentos que nunca se realizam (essa noite Deus está curando suas feridas! – as feridas não são curadas, e no culto seguinte: essa noite Deus está completando a obra em sua vida! – e a obra não é completa, aí no culto seguinte a mesma coisa sempre). Não ouvimos pastores, ouvimos doutores em auto-ajuda: todas as bênçãos nos pertencem, somos cabeça e não cauda, o diabo está debaixo dos nossos pés, mas no dia seguinte ainda temos dívidas, problemas, doenças, vazio.
Será que Deus deixou de agir? Ou a instituição que se diz “igreja” é que fala por Ele com engano, a fim, mesmo que inconscientemente, de desacredita-Lo?

Não consigo mais ouvir sermões de auto-ajuda e falsas promessas. Não consigo mais sentar num banco de uma igreja, sabendo que a principal hora não é a da pregação, mas a da coleta. Não aguento mais uma hora de louvor, com bandas desafinadas e cantores “se achando”, provocando o choro fácil não por unção, mas porque, na assembléia dos santos, todos temos motivos para chorar. Simplesmente não aguento mais isso, e peço perdão a Deus se isso O desagrada, mas não quero ir numa igreja por falsidade e ficar vendo defeito em tudo, como foi das últimas vezes.

Eu queria frequentar A Igreja. Não a imagino um mega-templo, com poltronas acolchoadas, ar-condicionado, altar gigante. Eu a imagino uma casa simples, com pessoas simples independente de sua situação financeira. Eu a imagino um lugar onde a acolhida é com amor sincero, não com um risinho forçado e o “seja-bem-vinda-amada” de praxe. Eu a imagino com pessoas que contribuem voluntariamente e com alegria, e que se importam com o irmão ao lado, suprindo-o de acordo com suas necessidades. Sinceramente não consigo frequentar um local onde, em nome de Deus, são lançados gafanhotos devoradores sobre quem não paga a mensalidade. A Igreja que eu quero frequentar tem problemas, pois tem pessoas com problemas, mas lá é possível discordar, perguntar, até duvidar, sabendo que ninguém levará nada para o pessoal, continuando a haver amor apesar das diferenças. A Igreja que eu quero frequentar é uma em Deus, reflete Sua Graça e Misericórdia, Sua Alegria e Beleza, mesmo que, aos olhos humanos, possa não passar de um casebre. Na Igreja que eu quero frequentar mal dá para definir seus líderes, pois o maior se faz de menor, o serve e não busca ser servido. A Igreja que eu quero frequentar traz os ensinamentos de Deus, segue a sã doutrina, não as doutrinas temporárias de homens. A Igreja que eu quero frequentar transforma não só os que lá estão, mas toda a realidade à sua volta, pois se importa com os famintos, os drogados, os excluídos de toda a sorte.

Você conhece essa Igreja? Se conhecer, por favor, me passe com urgência seu endereço ou telefone. Se não a conhecer, infelizmente continuarei a congregar no meu quarto, pois não vou esquentar um banco qualquer apenas para aparentar santidade.

Fonte: Stay Freak - Publicado originalmente no blog Estrangeira

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

matrix cristão - sistema religioso

Excelente vídeo fazendo uma crítica severa ao legalismo religioso

DESCONSTRUÇÃO (por Thiago Mendanha)

Retransmissão do artigo DESCONSTRUÇÃO (por Thiago Mendanha)
Excelente post, desfrute-o
Theo Pimenta

DESCONTRUÇÃO
Não quero reformar nada! Não quero reformar ninguém! Apenas quero desconstruir minha religião e dar-me a oportunidade de começar novamente. Do zero! Quero aprender a orar porque suspeito que nunca aprendi em todos esses anos de eloquentes orações entonadas no conjunto de súplicas adornadas de lindos verbos.

Tenho a ligeira impressão de que todas as vezes em que falei em línguas na roda de oração para fazer notório o meu nível espiritual, não me valeram de edificação alguma. E que minhas devocionais carregadas de desânimo e obrigação para com a minha "consagração" no ministério de louvor não resultaram em nenhuma intimidade com Deus!

Quero desfazer de tudo que sei, ou que penso saber, e de tudo que não sei, e penso não saber, para aprender paulatinamente através de uma busca sincera, paciente, desobrigada, verdadeiramente motivada e autêntica, tudo quanto preciso, quanto quero e quanto me é essencial na jornada da fé. Quero despojar-me dos manuais religiosos, das doutrinas inquestionáveis, das tradições incoerentes e da estupidez e falácia da religião.

Quero duvidar de tudo e de todos, porque minha alma contorce pela verdade e tem sede de justiça. Quero abrir os meus olhos e enfrentar o ardor da luz cortante da revelação. Quero ficar cego por um tempo em virtude do impacto que a luz da verdade traz. Ficar cego para o enlatado evangélico, cego para o cauterizado cristianismo institucional. Quero ficar cego para as fórmulas instantâneas da fé, da sua comercialização e do abuso espiritual. Quero recobrar a visão aos poucos. Enxergar com sanidade a vida, as pessoas, a família, os amigos, o futuro, o presente e o passado. Quero aprender a enxergar tudo que enxergava errado. Usar minha visão pela primeira vez!

Quero me desviar dos caminhos da "i"greja que não segue o Caminho de Cristo. E andar na contra-mão desse sistema religioso elaborado sobre outro fundamento que não Jesus, a Rocha Viva. Quero tirar a capa que me identifica como "cristão" com o emblema da cruz para vestir-me de amor pelo próximo e por esse amor ser conhecido como discípulo de Cristo. E carregar não o emblema da cruz, antes, tomá-la dia após dia em meus ombros e renunciar à volúpia e morrer para o pecado.

Quero fugir dos grandes eventos de milagres e shows da fé, patrocinados por sórdida ganância e puro estrelismo. E me juntar aos homens de Deus presenteados com o dom da cura que trocam o palco pelo corredor dos hospitais. Que ao invés de pedirem que vão a eles, se disponhem a IR aos que necessitam.

Cansei de viver sob maldição financeira! E, agora, não gasto meu dinheiro patrocinando esse sistema putréfulo de escravizar a fé dos pequeninos. Não quero participar de tal infâmia! Que o pouco que tenho sirva não ao luxo dos templos e de seus donos, mas, aos que realmente necessitam da minha fidelidade financeira resultante da confiança no Jeová Jiré. E não da ameaça pastoral de maldição da pobreza versus prosperidade.

Quero ser livre para pecar! E da mesma maneira não pecar por entender que não me convém. Mas, se o desejo do pecado ronda a minha mente e não peco por causa da pressão de ter que me consagrar no ministério da "i"greja, que pobre que sou. Porque ainda não seria livre do pecado, mesmo não o praticando... Quero aprender a conduzir meu estilo de vida como resposta de gratidão à aceitação e perdão de Cristo, não como regras e proibições eclesiásticas que não tem efeito nenhum contra o pecado.

Estou desconstruindo a minha fé míope e doente para cultivá-la de forma autêntica, sincera, humana e verdadeira. Estou disposto a arriscar minhas crenças pelo conhecimento da verdade eterna, de modo, que mesmo vendo-a como em espelho, possa um dia conhecê-la completa assim como sou conhecido. Se para encontrar o Deus que está estampado no caráter de Cristo, me tornar necessário descrer do Deus pregado, e tornar-me ateu, que assim seja. E que possa, conhecê-Lo de forma pura, única, pessoal e intransferível.

Quero derrubar meus pilares espirituais porque não sei de onde vieram. Estavam lá no discurso e na retórica que pseudonimamente aceitei como sendo Jesus Cristo. Agora, nego a cartilha que reza, nego a teologia pronta que engoli e dou-me a oportunidade de aceitar, de fato, Cristo meu Senhor e Salvador, pura e simplesmente.

Se fosse possível voltar ao ventre de minha mãe e carregar em meus genes a luz que agora vejo, para que ao nascer, soubesse desviar dos caminhos que para o homem parecem bons, poderia começar de novo sem incongruências e inverdades ludibriosas.

Talvez, só agora tenha entendido o que significa "nascer de novo"...

Autor: Thiago Mendanha

sábado, 24 de outubro de 2009

Você tocaria um leproso???

Lucas 5
12 E aconteceu que, quando estava numa daquelas cidades, eis que um homem cheio de lepra, vendo a Jesus, prostrou-se sobre o rosto, e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes limpar-me.
13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele.
14 E ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. Mas vai, disse, mostra-te ao sacerdote, e oferece, pela tua purificação, o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.
15 A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades.
16 Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava.

Como nossas instituições religiosas têm vivido longe dos ensinamentos de Jesus nos evangelhos.
Cada vez mais nos afastamos das verdades do evangelho e cada vez mais assimilamos as mentiras inventadas, em nome de DEUS, pela religiosidade.

Nesse pequeno texto observamos que as atitudes de Jesus eram completamente diferentes das atitudes dos líderes religiosos atuais.

EM PRIMEIRO lugar analisemos a atitude do leproso. Observem que ele chegou até Jesus, prostrou-se perante ELE e disse: Senhor, sei que Tu podes me curar, CASO SEJA A TUA VONTADE.
Nos dias de hoje soa estranho aos nossos ouvidos essa frase: "SE FOR DA TUA VONTADE". Isto porque o cristianismo moderno tem ensinado, via de regra, que qualquer um que tenha aceitado a Cristo como Salvador têm direitos adquiridos como filho e deve, através da confissão positiva (mesmo que não a chamem dessa forma) reinvindicar a cura. Sim, pois "ELE levou sobre si as nossas enfermidades" e não é possível, neopenteconstalmente falando, que um crente se encontre doente. Isto é sinal de fraqueza e falta de fé...
Enquanto o neopentecostalismo ensina a confissão positiva para tratar os problemas de saúde e a teologia da prosperidade para a benção financeira, o evangelho ensina que devemos utilizar a fé, clamando ao Senhor pela cura caso SEJA A VONTADE DELE e vivermos satisfeitos com os recursos que ELE tem nos provido.

EM SEGUNDO lugar devemos analisar a forma como Jesus tratou este homem leproso.
A lei dizia que um homem neste estado era considerado imundo e deveria viver isolado das pessoas. Era considerado a escória, rejeitado por todos.
Mas para Jesus era diferente. ELE poderia ter apenas falado àquele homem: "Quero, sê curado", mas não, ELE fez questão de tocá-lo, mesmo sabendo que quem o tocasse ficaria imundo. Por que? porque ELE queria nos ensinar como devemos proceder com as pessoas, como devemos nos relacionar.
Este é o ensinamento do evangelho: não importa o estado em que a pessoa se encontre, não importa o que a pessoa fez, não importa se é pobre ou rica, influente ou não, o que importa é que ela é digna de ser tocada, digna de misericórdia e compaixão. O Evangelho é relacional.
Ao contrário disso, nas igrejas assistimos lideranças utilizando medidas diferentes no relacionamento com as pessoas. Frequentemente vemos líderes se importando com aqueles que tem mais recursos e desprezando os menos favorecidos. Parece que mede-se o quanto pode se beneficiar com a ajuda destinada a cada pessoa. Toca-se naqueles que podem dar algo em troca.

EM TERCEIRO lugar observamos Jesus incluindo aquele homem novamente no contexto social, orientando-o a ir até o sacerdote para ser comprovado sua cura. Jesus, além de se importar com aquela pessoa, tocá-la e curá-la, fez questão também de reintegrá-lo em sua comunidade.
Outro fato interessante é ver Jesus proibindo aquele homem de anunciar o fato ocorrido.
Mas por que isso?? Não seria um bom marketing pra Jesus?? Não seria uma forma de atrair mais pessoas??
Não. Jesus não queria apenas curar, Jesus queria METANÓIA... transformação, salvação.
Enquanto o Evangelho ensina quue devemos levar METANÓIA as pessoas através de Jesus Cristo, a religiosidade, o neopentecostalismo utiliza as curas e as bençãos financeiras como marketing para encher as igrejas e aumentar os dízimos e ofertas. Lamentável.

EM QUARTO e último lugar observamos Jesus fugindo dos holofotes. Diz os versículos 15e 16 que a fama dEle aumentava e mais pessoas vinham para serem curadas, e assim ELE tinha a oportunidade de produzir METANÓIA.
Enquanto líderes procuram lugares de destaque, poder e autoridade, Jesus procurava os lugares desertos...

Escolha o seu caminho... toque as pessoas que estão ao seu redor, viva o evangelho pleno e fuja da religião, antes que ela te consuma...

Théo Pimenta

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Menino bom...Papai gosta - Menino mau...Papai não gosta

Já perceberam como pode se carregar o peso desta afirmação durante toda uma vida?
Muitas vezes ouvi pais citando esta frase:
"papai/mamãe gosta de você quando você é bonzinho".

Nem precisa dizer o contrário para que a criança desenvolva o seguinte raciocínio:
- quando sou bonzinho, gostam de mim;
- quando não sou bonzinho, não gostam de mim.

Dessa forma constroe-se nos filhos a idéia de que quando ajem fora do padrão de conduta imposto perdem o valor e ninguém mais gosta deles...

Talvez por isso temos tantos problemas sociais, tanta gente boa que deveria conquistar seus sonhos mas que acabam interrompidos pelo eco da afirmação: "não sou bom mesmo, ninguém gosta de mim... já que é assim, dane-se tudo e todo mundo. Vou viver minha vida do que jeito que achar melhor...".

Na verdade erra-se ao não separar a má ação praticada do indivíduo que a pratica.

Não há nada errado em dizer que não gostamos da má ação praticada, pelo contrário, esta deve ser combatida.

O que tem que ficar claro é que o indivíduo que praticou o mal, que trocou o certo pelo errado continua sendo digno de amor.

Não estou aqui defendendo o erro, pois sem que quem o comete (atire a primeira pedra que não o faz...) naturalmente colherá os frutos de suas más ações.
Agora, é necessário libertar-nos desta equivocada afirmação que leva tantas pessoas boas a mediocridade da vida.

O pior é quando trazemos esta afirmação para nosso relacionamento com Deus.

Muita gente virou as costas para Deus porque acha que ELE não gosta mais deles pois os mesmos têm praticado más ações. Ledo Engano.

Deus jamais deixará de gostar, de amar alguém por causa das suas ações. Fosse assim, difícil seria encontrar alguém para Deus amar...

No entanto, isto é pregado pela religião através de alguns líderes mal avisados e orientados.

Tenha uma certeza: Deus o ama independente do que você é ou do que você faz. ELE o ama e ponto final. Se você errou ou está errando, acalme-se... ELE o ama incondicionalmente e a SUA graça está disponível pra você.

Livre-se das mentiras que você aprendeu e que hoje são verdades na sua vida que o levam à perdição.

Theo Pimenta

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um Lampejo de Graça (por Ricardo Gondim)

Não nasci quebrado, não herdei o pecado de Adão, não aprendi a andar debaixo da maldição divina. Em meus primeiros tropeços não exalei um mau cheiro de perversidade. Minha infância foi leve, moleca, solta. Reparti o pão singelo com outros cinco irmãos. Ao lado do vovô, escutei o rádio. Buscávamos notícias da BBC de Londres, da Agência de Notícias de Moscou, dos exilados que moravam na Suécia - Com papai preso, precisávamos furar o cerco da censura.

Mas ainda na adolescência me ensinaram que eu era ruim. E que a mão de Deus estava prestes a pesar sobre minha cabeça. Eu deveria acordar; a qualquer instante poderia morrer e queimar eternamente no inferno. Ainda não consigo avaliar o impacto de tamanho pavor na cabeça de um garoto, mesmo passados tantos anos. Sei tão somente que abracei uma espiritualidade calcada no terror.

Alguém colocou um espelho na minha frente e me disse que eu deveria ver torpeza em meus olhos tristes. Arqueei as sobrancelhas; realmente acreditei que não prestava. Daí para frente, orei inúmeras vezes pedindo que Deus perdoasse uma “multidão de pecados”. Internalizei todos esses medos e adiei a vida.

Minha religião se construiu no negativo. Eu me contentava em cultuar a Deus para celebrar apenas a sua misericórdia. Mas antes de mencionar misericórdia, deixava claro a etimologia latina, miserere e cordis. Depois ressaltava: Deus volta seu coração para nós, eternos miseráveis. Enchia a boca: Miseráveis! Para mim a função do culto se resumia nisso, pedir perdão, quitar as dívidas com a lei moral e prometer que daquele dia em diante tudo seria diferente. Na semana seguinte, obviamente, tendo tropeçado nos cadarços de minha condição humana, voltava à estaca zero. E assim de multidão de pecados em multidão de pecados, sofregamente, esperava que Deus não se zangasse comigo além da conta.

Tardiamente despertei. Eu havia internalizado a mensagem. Era um homem quebrado, contaminado pela desobediência de Adão e irremediavelmente torto. Adoecido, tratava qualquer virtude como trapo de imundície. Meu corpo, propenso à lascívia, me tornava um ímpio (perdoado, mas ímpio) sempre a um passo de voltar à lama.

Alegria? Só muito comedida, “para não dar lugar à carne”. Satisfação? Nos cultos, obviamente. Prazer? Poucos: comer e dormir - prazer sexual, “quando casar”. Minha vida se estreitou. Deixei de ouvir boa música, não me permiti ler romances e passei ao largo da poesia. Catalogaram tantas coisas como abomináveis que eu preferia não me aproximar dessa lista maligna, que condenaria minha alma à perdição eterna.

Há pouco, fui criticado porque vibrei com a saudosa Mercedes Sosa em um show monumental em São Paulo. Disseram que eu agi como um infantil, deslumbrado com um espetáculo vulgar. Não me indignei com os comentários. De fato sou um meninão. Gaguejo diante da lindeza e alucino com a ressurreição de uma alegria que me foi proibida.

Na longa estrada da existência, a vida é breve. Já confessei que não me considero competente para boxear com ilustrados teólogos. Não, minto, na verdade, não quero estar perto deles porque meu coração tem outras sedes. Almejo aprender a joeirar os restolhos da vida e encontrar pepitas de uma beleza comum. Pretendo alongar a vista por cima da cerca de meus preconceitos, regionalismos e intolerâncias. Procuro retardar o relógio e ler os autores que antigamente suspeitei.

Fiz as pazes com Deus. Minha espiritualidade saiu do coibitivo e agora celebra a vida. Sinto-me livre, mesmo inadequado. Não regurgito remorsos e não me chafurdo em falsas culpas. Celebro a minha humanidade sem as ameaças do fogo do inferno. Ainda não esgotei, mas já entendo algumas nuanças da graça.

Soli Deo Gloria

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Religião - O Mal do Século

Era comum usarmos essa expressão para a DEPRESSÃO. Esta era por todos nós considerada "o mal do século".
Atualmente, creio que achamos outra palavra para qual podemos empregar esta expressão: RELIGIÃO - o mal do século.
Fico me perguntado, inclusive, se não é possível classificar a religião da mesma forma que a depressão: um grave problema de saúde.
Sim, uma pessoa depressiva encontra-se num estado doentio: físico e mental. Esta possui muitos medos e sente coisas que pessoas 'normais' não sentem. Será que a pessoa religiosa não vive da mesma forma?
Há muita insanidade no que chamamos de RELIGIÃO. Pessoas fazem os maiores absurdos em nome da religião.
Mortes, suicídios, perseguições, mutilações (aqui incluem-se as psicológicas), tudo porque o indivíduo religioso é possuído por um medo excessivo de não agradar o seu 'deus', seja ele quem for, e dessa forma não alcançar aquilo que a ele foi prometido por intermédio do cumprimento da lei.
Dessa forma a religião tem atormentado a vida de muitas pessoas.
Em algumas culturas amarra-se bombas ao corpo e explode-se ônibus, prédios, repartições entre outros, isto porque um líder incentivou tal comportamento, afirmando que "deus" ficará muito contente com esta ação.
Em outros lugares, fiéis mutilam-se e sacrificam-se em nome de deus, para agradá-lo, como se isso fosse uma verdade absoluta pregada por seus líderes.
Aqui no Brasil não vemos estes comportamentos. aliás, nossa cultura considera isso extremismo ideológico. No entanto, temos visto diversas outras aberrações sendo feito em nome de Deus. Líderes prometem, por exemplo, que deve-se dar a Deus, por intermédio da igreja, que assim Deus firmará um compromisso com o fiél e devolverá 100 vezes mais... sim, por causa deste discurso pessoas tem dado seus carros, suas rendas e as vezes até a comida da mesa, que alimentaria seus filhos, para agradar a Deus, pois o profeta disse que deve ser assim.
Concluímos dessa forma que pessoas religiosas são tão frágeis quanto pessoas depressivas, pois estão a mercê de seus sentimentos e também de lobos e mercenários, seus líderes, que ensinam loucuras em nome de Deus para benefício próprio.
Que bom que a graça de DEUS está acima de toda essa mediocridade e podridão religiosa.
Cura-te da depressão e, acima de tudo, livra-te da religião.
Em Cristo,
Theo Pimenta