sábado, 29 de maio de 2010

Temos levado nossos discípulos ao MESTRE???

18 Os discípulos de João Batista contaram tudo isso a ele. Aí João chamou dois deles 19 e os enviou ao Senhor Jesus para perguntarem: "O senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro?"
20 Então eles foram até o lugar onde Jesus estava e disseram: "João Batista nos mandou perguntar o seguinte: o senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro?
21 Naquele momento Jesus curou muitas pessoas das suas doenças e dos seus sofrimentos, expulsou espíritos maus e também curou muitos cegos.
22 Depois respondeu aos discípulos de João: "Voltem e contem a João o que vocês viram e ouviram. Digam a ele que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e os pobres recebem o evangelho. 23 E felizes são as pessoas que não duvidam de mim!"
24 Quando os discípulos de João foram embora, Jesus começou a dizer ao povo o seguinte a respeito de João: "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço sacudido pelo vento? 25 O que foram ver? Um homem bem vestido? Ora, os que se vestem bem e vivem no luxo moram nos palácios! 26 Então me digam: o que foram ver? Um profeta? Sim. E eu afirmo que vocês viram muito mais do que um profeta.
27 Porque João é aquele a respeito de quem as Escrituras Sagradas dizem: 'Aqui está o meu mensageiro, disse Deus. Eu o enviarei adiante de você para preparar o seu caminho.' 28 Eu digo a vocês que de todos os homens que já nasceram João é o maior. Porém quem é o menor no Reino de Deus é maior do que ele."
29 Os cobradores de impostos e todo o povo ouviram isso. Eles eram aqueles que haviam obedecido às ordens justas de Deus e tinham sido batizados por João.
30 Mas os fariseus e os mestres da Lei não quiseram ser batizados por João e assim rejeitaram o plano de Deus para eles.
31 E Jesus terminou, dizendo: "Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas? 32 Elas são como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro: Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de enterro, mas vocês não choraram!"
33 João Batista jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: "Ele está dominado por um demônio." 34 O Filho do Homem come e bebe, e vocês dizem: "Vejam! Esse homem é comilão e beberrão; é amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama."
35 Mas aqueles que aceitam a sabedoria de Deus mostram que ela é verdadeira.


Dois grupos compõem a descrição deste texto: os discípulos de João Batista e os discípulos de Jesus Cristo.

João estava preso enquanto Jesus realizava milagres e prodígios.

Os discípulos de João observavam as maravilhas realizadas por Jesus e se espantavam.

De tal maneira que eles correm até João, então preso, e relatam o que vêem e ouvem a respeito de Jesus.

João reage ao relato de uma maneira interessante. Chama 02 de seus discípulos e os designa a ir até Jesus e pergunta-Lhe se realmente ELE é o Messias, o Esperado, ou se deveriam esperar outro.

Por que João age dessa forma??? Será que ele tinha dúvida que Aquele a quem ele havia preparado o caminho podia não ser o Cristo??? Pouco provável.

Mais provável é que João sentiu nos seus discípulos dúvidas em relação a crença no Messias e resolveu direcioná-los a reconhece-LO verdadeiramente.

Notem que quando os discípulos de João chegam até Jesus e formulam a pergunta, Jesus não responde de imediato. Pelo contrário, realiza sinais e maravilhas diante de seus olhos incrédulos e depois responde: "agora vão até João e digam o que vocês viram", ou seja, Jesus revela-se a eles como Messias e orienta-os a ir até João e dizer que agora crêem no Cristo.

Que satisfação para João poder conduzir seus discípulos a Jesus.
Essa deve ser a atitude de qualquer líder: levar seus liderados ao verdadeiro LÍDER, levar seus discípulos ao verdadeiro MESTRE.

Atualmente temos observado o inverso. Líderes, autodenominados ungidos do Senhor, tem se assenhorado de discípulos e pouco fazem para encaminhá-los ao verdadeiro MESTRE. Talvez porque cercar-se de discípulos seja bom no sentido de 'prestígio' e 'poder'.

São os benefícios da Religião, contrapondo-se as verdades do Evangelho.

No entanto, Jesus, o LÍDER por excelência, o MESTRE, encerra a discussão de forma sábia e decisiva ao comparar tais pessoas com crianças que imaturamente defendem seus grupos como absolutos.

"Vem João Batista, jejuando e desviando-se do vinho e vocês o chamam de endemoniado... aí vem o Filho do Homem, comendo e bebendo e vocês o chamam de comilão e beberrão que anda junto com pessoas de má fama..."

Quantos de nós faz o mesmo.

Criamos grupos cujas verdades são absolutas. Formamos discípulos para nos seguir e não para seguir o MESTRE. Acostumamo-nos as facilidades da Religião e negamos as verdades e simplicidade do Evangelho.

Por que??

Porque muitos de nós ama mais a Religião do que o Evangelho.

Porque muitos de nós prefere a bajulação de seus discípulos do que orientá-los no caminho correto do Cristianismo.

Porque muitos de nós tem sujado as mãos nas Mentiras da Religião e pouco se importando com as Verdades do Evangelho.

Enquanto é tempo... FUJA DA RELIGIÃO e VIVA O EVANGELHO...

Théo Pimenta

domingo, 9 de maio de 2010

E-MAIL AO APÓSTOLO PAULO

Amado apóstolo:
Estou escrevendo para colocá-lo a par da situação do Evangelho que um dia você ajudou a propagar para nós gentios, e que lhe custou a própria vida. As coisas estão muito difíceis por aqui. Quase tudo o que você escreveu foi esquecido ou deturpado.

Você foi bastante claro ao despedir-se dos irmãos em Éfeso, alertando que depois de sua partida lobos vorazes penetrariam em meio à igreja, e não poupariam o rebanho [1]. Palavras de fato inspiradas, pois isso se concretiza a cada dia.

Lembra-se que você escreveu ao jovem Timóteo, que o amor ao dinheiro era a “raiz de todos os males”[2]? Quero que saiba que suas palavras foram invertidas, e agora se prega que o dinheiro é a “solução” de todos os males.

Também é com tristeza que lhe digo que em nossa época ninguém mais quer ser chamado de pastor, missionário ou evangelista, pois isso é por demais humilde: um bom número almeja levar o título de apóstolo. Sei que em seu tempo, os apóstolos eram “fracos... desprezíveis... espetáculo para os homens... loucos... sem morada certa... injuriados... lixo e escória” [3]. Agora é bem diferente. Trata-se de uma honraria muito grande: acercam-se de serviçais que lhes admiram, quando viajam exigem as melhores hospedarias e são recebidos nos palácios pelos governantes.

Eles não costumam pregar seus textos, pois você fala muito da “Graça” e da “liberdade que temos em Cristo” [4]. Isso não soa bem hoje, pois a Igreja voltou à “teologia da retribuição” da Antiga Aliança (só recebe quem merece) e liberdade é a última coisa que os pastores querem pregar à suas velhas.

Você não é bem visto por aqui, pois sempre foi muito humano, sem jamais esconder suas fraquezas: chegou até reconhecer contradições internas, dizendo que não faz o bem que prefere, mas o mal, esse faz [5]. Eles não gostam disso, pois sempre se apresentam inabaláveis e sem espinhos na carne como você.

A presença deles é forte, a sua fraca [6], eles são saudáveis, você sofria de alguma coisa nos olhos [7], eles jamais recomendariam a um irmão tomar remédio, como você fez com Timóteo [8], mas aqui eles oram e determinam a cura – coisa que você nunca fez.

Você dizia que por amor de Cristo perdeu “todas as cousas” considerando-as refugo [9]. As coisas mudaram, irmão. Agora cantamos: “Restitui, quero de volta o que é meu!”.

Vivo em uma cidade que recebeu o seu nome, e aqui há um apóstolo que após as pregações distribui lencinhos vermelhos encharcados de suor, e as pessoas levam pra casa, como fizeram em Éfeso, imaginando que afastarão enfermidades [10]. Sim, eu sei que você nunca ordenou isso, nem colocou como doutrina
para a igreja nas epístolas, mas sabe como é o povo....

Admiro sua coragem por ter expulsado um “espírito adivinhador” daquela jovem [11], embora isso tenha lhe custado a prisão e açoites. Você não se deixou enganar só porque ela acertava o prognóstico. Hoje há uma profusão de pitonisas e prognosticadores no meio do povo de Deus, todavia esses
espíritos não são mais expulsos, ao contrário, nos reunimos ansiosos para ouvir o que eles têm a dizer para nós.

Gostaria de ter conhecido os irmãos bereanos que você elogiou. Infelizmente, quase não existem mais igrejas como as de Beréia, que recebam a palavra com avidez e examinem as Escrituras “todos os dias para ver se as coisas são de fato assim”[12].

Tem hora que a gente desanima e se sente fragilizado como Timóteo, o seu companheiro de lutas. Mas que coisa bonita foi quando você o reanimou insistindo para que reavivasse “o dom de Deus” que havia nele [13]. Estou lhe confessando isso, pois atualmente 90% dos pregadores oferecem uma “nova
unção” para quem fraqueja.

Amo esta sua exortação, pois você ensina que dentro de nós já existe o poder do Espírito, dado de uma vez por todas, e não precisamos buscar nada fora ou nada novo!

Nossos cultos não são mais como em sua época, onde a igreja se reunia na casa de um irmão, havia comunhão, orações, e a palavra explanada era o prato principal.... as coisas mudaram: culto agora é 'show', a fumaça não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo seco, e a palavra é só
para ensinar como conseguir mais coisas do céu.

O Espírito lhe revelou que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé “por obedecerem a espíritos enganadores” [14]. Essa profecia já está se cumprindo cabalmente, e creio que de forma irreversível.

Amado apóstolo, sinto ter lhe incomodado em seu merecido descanso eternal, mas eu precisava desabafar. Um dia estaremos todos juntos reunidos com a verdadeira Igreja de Cristo.

Maranata!

[1] At 20.23; [2] 1Tm 6.10; [3] 1Co 4.-9-13; [4] Gl 2.4; [5] Rm 7.19; [6]
2Co 10.10; [7] Gl 4.13-15; [8] 1Tm 5.23; [9] Fp 3.8; [10] At 19.12; [11] At 17.18; [12] At 17.11; [13] 2Tm 1.6; [14] 1Tm 4.1

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Autor Desconhecido
Publicado por Théo Pimenta